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13 fevereiro 2010

Em minhas mãos


Estendo-lhe minhas mãos
Estas que a mim são tão servis
Que enxugaram minhas lágrimas tantas vezes
Que abafaram meus risos extravagantes

Mãos que cabem minhas verdades
Que entregam minhas palavras
Que tantas vezes voltaram vazias
Mas que vazias...jamais serão estendidas

Estas...
Que delicadas não guardam marcas visíveis
Mas quando as coloco diante dos meus olhos
Vejo as que o tempo não apaga

Mãos que frágeis, cabem força
E mesmo cansadas [tantas vezes]
Sabem que o gesto pode se perder no caminho
Mas ainda assim estendem-se.

Fabiana Viana

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